março 25, 2013

Do alívio à indignação

As manifestações do ex-presidente Paulo Odone na imprensa nos últimos dias me levaram a dois sentimentos bastante distintos. Estava curioso para ouvi-lo, pois se há alguém que poderia acalmar os ânimos da torcida, quanto a polêmica criada em torno dos valores do contrato Grêmio-Arena-OAS, este alguém era ele.

O tempo foi passando, o Odone foi falando, com seu sorriso de Papai Noel, e sua lábia de deputado, foi nos convencendo de que o negócio era viável, que a polêmica havia sido gerada pela mal-informada e afobada imprensa gaúcha. (Abraço, Cabrito!)

Só que lá pelos quinze minutos de entrevista, Odone voltou a cometer os mesmos erros que tinha como presidente do clube. Colocando seu ego e sua vaidade à frente do interesse do clube, atacando de maneira imbecil a atual gestão, sem ter razão em nada, só para gerar mais polêmica. Odone falou um monte de verdades sobre a Arena, mas pisou feio na bola quando adentrou no tema gestão Koff.

1. Falou que a gestão Koff gasta demais com o futebol. => Logo ele que, irresponsavelmente nos mandou a uma Libertadores com Lins e Junior Viçosa no ataque. Que depois pagou 10 MILHÕES pelo Marcelo Moreno Molengo. Que vendeu Germán Herrera ao Botafogo por 500 mil reais (um ano após terem comprado por 1,5 mi). Enfim, podemos citar diversas barrigadas que o Grêmio deu em sua gestão. Agora, reclamar que a atual gestão gasta de mais com o departamento de futebol é sacanagem. Se não tiver time bom, não adianta ter Arena nova.

2. Não admitiu que inaugurou a Arena precocemente. Isso é triste, um homem que não admite seus erros. E usou uma desculpa ridícula ainda por cima. Disse que a data estava definida em contrato com a OAS, e que serviria para ajudar o RS a brigar pela Copa das Confederações. => Venha cá, Odonito, tu como presidente do Grêmio tem interesses diferentes de como deputado. Não mistura as coisas. Por mais que o RS tivesse chance de ser sede da Copa das Confederações, a sede seria o Beira-Rio, a FIFA já bateu o martelo. E mesmo que o Jerome Valcke fumasse uma pedra, mudasse de ideia DO NADA e escolhesse a Arena, o Grêmio não ganharia NADA com isso.

3. Não parou de usar pronomes possessivos. Luxa é o MEU treinador, o MEU Grêmio, o MEU torcedor. Ele é o ODONO de tudo. Depois começou a falar de pessoas da atual gestão de maneira leviana. Como por exemplo, falando que o Marcos Chitolina (assessor de futebol) não é tão elegante quanto o Rui Costa. (Pra quê isso?) Completa ainda dizendo que o debate financeiro em torno da Arena foi levado ao público por pessoas da "periferia" da gestão atual. (Melhor que o torcedor não ficasse sabendo, né Odone...)
Esses comentários são o de menos, mas essas picuinhas levantadas por ele contribuíram para minha indignação. Quando resolveu falar da Batalha dos Aflitos eu tive que parar de assistir.

Enfim, voltemos ao alívio: vamos falar sobre a Arena. Na real, assisti a entrevista apenas por isso. Só que não consegui entender muita coisa, nem esclarecer nenhuma dúvida sobre o contrato, pois o Odone tava mais preocupado em atacar o Koff do que abrir o jogo com o torcedor. Sorte que o conselheiro Giuliano Vieceli (@giulianovieceli) deu uma explicada via twitter, e blog Arena do Grêmio.

O negócio me parece ser bem melhor do que a imprensa vem contando. Se bem gerido, funcionará.
A partir do sétimo ano, como Odone disse, começará a dar lucros interessantes, pois será quitado o financiamento com o BNDES. O Grêmio ainda pode, como Koff está pretendendo, negociar com Arena e OAS para tentar melhorar a situação. Segue um gráfico - kibado do blog citado acima - que resume de maneira fácil e direta, como funciona a parceria Grêmio-Arena PortoAlegrense-OAS.





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