março 25, 2013

Joey Barton tem razão

Assisti a Brasil x Itália, e não vi muito do empate com a Rússia. Mas pelo que vi, deu pra perceber alguns pontos interessantes dessa seleção nacional.

A tentativa de 4.2.3.1 contra a Itália falhou BONITAMENTE, com o time partindo de uma cultura que não existe no futebol brasileiro: a dos wingers. Neymar até apareceu um pouco quando buscou o jogo pelo meio, mas seu correspondente do lado direito (Hulk) parecia preso numa corrente na linha lateral, sem movimentação, sem jogo. Hernanes apagado, Oscar sobrecarregado na armação, Fernando sobrecarregado na marcação. A defesa teve Daniel Alves [que na seleção tem sido um Claiton com grife (Abraço, Pelaipe)], um Dante bastante inseguro, David e Filipe Luis surpreendentemente bem. Júlio César foi Júlio César (faz milagres e depois toma um gol por que tava adiantado), e Fred foi Fred (some por 30 minutos e aparece achando um gol).

Contra a Rússia, Felipão mexe no time. Entrariam Thiago Silva, Marcelo e Kaká. Imaginei que passaria a ser um 4.4.2 em losango, e me animei com o time. Só que não foi o que aconteceu. Parecia um 4.1.3.2, com Kaká centralizado, Oscar na direita e Hernanes na esquerda. Neymar e Fred dentro da área.
Poderia até dar certo, contra um time fraco. Não contra a Rússia, sensação das eliminatórias européias, com 100% de aproveitamento. Os russos, sem a bola, formavam uma linha de 5, com mais outra de 4 à frente da área. Somado a isso, Kaká, Neymar e Hernanes jogando uma bolinha mínima. Foi ruim, muito ruim.

Entretanto, acredito no Sr. Scolari. Principalmente por ele ter voltado com os volantes de contenção. Jogar com Dani Alves, Paulinho, Ramires e Marcelo, à frente de uma dupla de zaga insegura, como Mano fazia, é suicídio. Por isso não ganhou de nenhuma seleção forte. Bom, não ganhou nem da BÓSNIA.

Mas acredito no Scolari não pelos conhecimentos táticos dele, e sim pelo poder motivacional do bigodudo treinador. Em competições de tiro curto, digo COPA, principalmente jogando em casa, Felipão fará o seu milagre.

Aí, depois de uma atuação ruim da seleção brasileira, reaparece Joey Barton. E apesar de vocês, brazileiros, se ofenderem com o que ele diz (normalmente atacando Neymar, o protegido), ele tem razão no que diz. Abre aspas para Joey Barton, volante do Olympique de Marseille:

1ª «Foi um golo de Sunday League (algo como um golo de futebol de várzea). Os brasileiros não são tão brasileiros como antigamente. São como os Harlem Globetrotters, apenas a viajar pelo mundo por dinheiro»

VERDADE. Foi um gol ridículo. Jogaram 3 DENTRO 3 FORA na área do Brasil, e ninguém pra dar um bico pra longe. E são os Globetrotters mesmo, jogam em Londres, Genebra, Dubai (e tão vendidos jogos até 2020 e lá vai pedrada...)

2ª «É incrível o que alguns vídeos de qualidade do Youtube conseguem fazer. Tenho de fazer um desses vídeos a dar uns toques no jardim. O Neymar é o Justin Bieber no futebol. Brilhante no Youtube. Neymar não está na mesma estratosfera de Messi e Cristiano Ronaldo» 

VERDADE. Era uma promessa de craque, virou um boneco da mídia. Antes que me cornetem, não foi Barton quem disse isso primeiro, foi PELÉ (Chupem, brazileiros). É muito fácil pegar a Marquezine, pintar a juba de amarelo e acabar com o jogo contra o poderoso OESTE de ITÁPOLIS. Alguém lembra da última boa atuação do Neymar com a amarelinha?

É amigos, vamos ver quem vai me xingar defendendo o protegido. Mas a verdade é que Joey Barton (um folclórico volante inglês, mediano, que joga na França, já foi preso e expulso várias vezes) tem razão, nosso "craque" é superestimado. Me entristece falar isso, porque torço pelo cara. mas ultimamente tem sido comum aplaudi-lo no Campeonato Paulista, no Esquenta, ou no clipe de pagode, por que na seleção tá difícil.
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