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dezembro 11, 2012

Broncos: O Figueirense com o Messi?

Vi um comentário assim no facebook durante uma das últimas transmissões da NFL. Seria o Denver Broncos, um Figueirense com o Messi? (Com todo respeito ao Figueirense)

Jogo-corrido do Broncos, com Knowshow Moreno,
foi muito utilizado contra o Oakland Raiders
Acredito que não. Não ser pode comparar um time bicampeão do Super Bowl (98-99), e que vence sua conferência anualmente, com o modesto Figueirense. Na temporada passada, os Broncos só não foram mais longe na liga porque esbarraram nos Patriots de Tom Brady na segunda rodada dos play-offs (muito por culpa do QB cabaço - literalmente - Tim Tebow).

É bem verdade que a chegada de Peyton Manning em 2012 aumentou muito o nível do ataque dos Broncos, mas não podemos dizer que ele joga sozinho. Em Mile High, Manning está tendo a sua disposição o melhor jogo corrido em jardas na temporada passada, e bom alvos para receber seus passes. O ex-QB dos Colts poderá mostrar bem que ainda sabe como colocar a bola entre os números dos jogadores e comandar o time de Denver em uma boa campanha. Eric Decker, Demaryius Thomas e a chegada de Joel Dreessen formam um bom grupo de recebedores, sem contar as peças para o jogo corrido. Sem falar que quando o excelente Willis McGahee não joga, Knowshow Moreno tem entrado e se destacado no jogo corrido. Na defesa, Von Miller, um dos melhores calouros de 2011, deve dar ainda mais trabalho e conseguir mais sacks em 2012. A chegada de Tracy Porter deixa a secundária dos Broncos ainda mais forte e o time mais preparado para chegar longe. Enfim, o Broncos deve patrolar a AFC West, é com o que vem jogando o nosso Messi - Peyton Manning - é candidato a chegar ao Super Bowl. Nesta semana 14, o time foi a Oakland e varreu o Raiders, com a segunda vitória sobre o time local na temporada (26-13). Nas outras partidas da semana, destaque para o 58 a 0 do Seattle Seahawks sobre o Arizona Cardinals. O Green Bay Packers, comandado por Aaron Rodgers, virou sobre o Detroit Lions NA NEVE, 27 a 20. Ontem, no MNF, o Patriots arrasou o Texans por 42 a 14, com Tom Brady lançando um passe de 63 jardas para o TD.

SEMANA 14:
Denver Broncos 26-13 Oakland Raiders
 Washington Redskins 31-28 Baltimore Ravens
Cincinnati Bengals 19-20 Dallas Cowboys
Buffalo Bills 12-15 St. Louis Rams
Tampa Bay Buccaneers 21-23 Philadelphia Eagles
Carolina Panthers 30-20 Atlanta Falcons
Cleveland Browns 30-7 Kansas City Chiefs
Pittsburgh Steelers 24-34 San Diego Chargers
Indianapolis Colts 27-23 Tennessee Titans
Jacksonville Jaguars 10-17 New York Jets
Minnesota Vikings 21-14 Chicago Bears
San Francisco 49ers 27-13 Miami Dolphins
Seattle Seahawks 58-0 Arizona Cardinals
New York Giants 52-27 New Orleans Saints
Green Bay Packers 27-20 Detroit Lions
Houston Texans 14-42 New England Patriots

dezembro 10, 2012

O 2013 do Grêmio já começou

Fazendo uma análise da vitória suada contra o HSV na abertura da Arena, podemos começar a traçar o Grêmio de 2013. Na minha concepção, Luxemburgo deve manter o esquema que funcionou na maioria dos jogos do Brasileirão: um 4-2-2-2 torto, porém eficaz.

Partindo dessa premissa, temos três nomes até então incontestáveis: Grohe (apesar da direção parecer não curtir a idéia, é um baita arqueiro); Souza (melhor jogador do sistema defensivo do Grêmio, e prioridade da direção); Zé Roberto (350 anos de idade e ainda jogando muito) e só.

Nossos atacantes midiáticos e milionários - Kléber e Moreno - não responderam em boas atuações no Brasileirão. Talvez tenham tido apenas um momento de brilhantismo, contra o Cruzeiro, no Independência. Entretanto, os números deles no ano não são tão ruins assim: o boliviano tem 21 gols em 54 jogos, enquanto o Gladiador tem 15 em 49 presenças. Até pelo alto valor investido neles pela direção anterior, seria uma burrice e um desrespeito às finanças do clube não apostar neles na temporada 2013. Mesmo assim, 2012 provou que precisamos ter melhores opções aos atacantes titulares. André Lima é folclórico, sortudo e goleador, mas tecnicamente é limitado. Pode ser um bom reserva. Mas o Leandro... Ah, o Leandro. Esse é eterna promessa, talvez não seja titular nem no banguzinho aqui da Vila Nova. Penso que Biteco, Gustavo Xuxa e Calyson mereçam chances na vaga do "Neymar do Paraguai".
Sobre negociações para a posição, o amigo Thierre Garcia informou que Willian José, da seleção sub-20, e de saída do São Paulo, é um dos nomes tentados pela diretoria que pode pintar como reforço ainda antes do natal.

A meia cancha tem Souza, Gago, Elano e Zé Roberto, visto que Fernando deve ser negociado. Precisamos urgentemente de mais opções. Marquinhos e Marco Antônio, não estão nem perto do nível do time titular, e ainda se mostraram indolentes (pra não dizer uns bundões) na partida contra o HSV.
Para essa faixa do campo, ou a direção não está fazendo absolutamente nada, ou está conseguindo manter em absoluto sigilo as negociações. Até porque, a única divulgada - Montillo - faltou grana quando entrou a concorrência. Há ainda a eterna esperança que o Bertoglio volte a jogar.

A zaga é um canteiro de obras. Werley deve ser titular, mas não porque seja um grande jogador, e sim pela liderança que exerce dentro do grupo - e por ser bruxinho do treinador. É bom zagueiro, e com um xerifão ao seu lado (quem sabe o Lugano vem), pode render muito. Saimon deveria ganhar mais chances, mas ainda é imaturo para ser titular. Vilson virou banco da volância. Naldo é aquele zagueiro bagaceira, que dá bico pra onde aponta o nariz, não ter vergonha de levantar o adversário se for preciso. É útil, mas não pode ser o titular da posição. Grolli, o pedreiro, devia ficar pra jogar com o banguzinho do Gauchão, só de zueira. Imagina aquele alemão albino jogando em Novo Hamburgo em fevereiro num sol de 45ºC! HSUAHSUASHUASHUSH O tal do Pablo só jogou UM jogo no ano, contra o Pelotas, no Gauchão, e ainda entregou um gol. Mandem embora.

As laterais são tenebrosas. Quando a melhor opção que tu tens para os dois lados é o Parázinho, alguma coisa tá MUITO errada. Pico até tem habilidade, faz uns lançamentos legais, mas é uma tartaruga ninja obesa. Talvez se estacionarem um trailer de xis na linha de fundo da Arena ele vá até lá para cruzar a bola.
Gabriel já foi liberado, e parece que o Julio César (infelizmente) também será. Sobra ainda o Fábio Aurélio, que é uma incógnita, e o Tony que ainda não sabe o que veio fazer em Porto Alegre. Tem que contratar pelo menos um para cada lado.

Enfim, o Grêmio de 2013, deve ter: Grohe (Dida*), Cone (Pará), Werley (Saimon), Lugano* (Naldo) e Fábio Aurélio (Cone). Souza, Cone (Gago), Elano (Cone) e Zé Roberto. Kléber (Willian José*) e Marcelo Moreno (André Lima).
* contratações ventiladas pela imprensa

Contando os cones, precisamos de um lateral direito, um esquerdo, pelo menos um zagueiro, um volante, um meia e um atacante. Balanço feito, agora é aguardar a trupe de Koff trabalhar. E rápido, pois janeiro começa a LA'13.

novembro 21, 2012

Bad day at the office, Rivers? - Semana 11 da NFL

No clássico da conferência oeste, Peyton Manning (18) liderou o Broncos e conseguiu abrir grande vantagem sobre o Chargers de Philip Rivers (17) ainda na primeira metade de jogo. Embora tenha sido interceptado no primeiro quarto, no lance que gerou um TD para o Chargers (com o safety Eric Weddle), o "xerife" Manning não se abateu, acertou quase tudo que tentou e deixou o rival Rivers num "dia ruim no trabalho".

Foram 3 passes para TDs do QB do Broncos: para Demaryius Thomas, Brandon Stockler e Eric Decker. E mais um field goal convertido por Matt Prater.

Quando Rivers acordou do pesadelo (faltando 58s para o final do terceiro quarto), já estava praticamente tudo perdido em Mile High. O jogo corrido do Chargers não avançava muito, e a defesa do Broncos apavorava o QB adversário (com duas interceptações).

Entretanto, ele ainda conseguiu diminuir o placar com dois passes para TD (ambos para o wide receiver Danario Alexander).

Peyton Manning voltava ao campo de jogo apenas para gastar o tempo, sem correr o risco de levar sacks ou interceptações. O experiente QB do Broncos já sabia que o triunfo estava garantido. No final, Broncos 30-24 Chargers.


Tudo azul (e laranja) em Mile High. Vitória do Denver Broncos (Foto: @_emilywilson)

 Os Broncos já chegam ao quinto triunfo seguido na temporada e melhoram sua campanha para sete vitórias em 10 jogos, com liderança isolada na conferência. Já os Chargers ficam com apenas quatro vitórias e seis derrotas.

Monday Night Football

Na noite de segunda, no duelo dos quarterbacks reservas, o San Francisco 49ers bateu o Chicago Bears (até então com uma das melhores campanhas da liga) por 32 a 7. O QB do 49ers, Colin Kaepernick, foi o destaque do jogo, enquanto o QB do Bears, Jason Campbell, ruiu junto com uma linha ofensiva muito desajustada naquela noite. Até o intervalo, o 49ers tinha andado quase duzentas jardas, contra ridículas quinze do Bears.

O 49ers tem sete vitórias, duas derrotas e um empate, na liderança da NFC Oeste. A derrota deixou o Bears com sete vitórias e três derrotas. O time caiu para a segunda colocação da NFC Norte, atrás do Green Bay Packers.


Demais resultados da semana 11:

Miami Dolphins 14-19 Buffalo Bills
Detroit Lions 20-24 Green Bay Packers
Atlanta Falcons 23-19 Arizona Cardinals
Carolina Panthers 21-27 Tampa Bay Buccaneers
Dallas Cowboys 23-20 Cleveland Browns
Washington Redskins 31-6 Philadelphia Eagles
St. Louis Rams 13-27 New York Jets
Kansas City Chiefs 6-28 Cincinnati Bengals
Houston Texans 43-37 Jacksonville Jaguars
Oakland Raiders 17-38 New Orleans Saints
New England Patriots 59-24 Indianapolis Colts
Pittsburgh Steelers 10-13 Baltimore Ravens

7 motivos para acabar com o Brasileirão de pontos corridos


Por Vinicius Fonseca, do DiBico

Tenho quase certeza que sou um dos maiores críticos do Campeonato Brasileiro de pontos corridos. Por isso, decidi expor a minha opinião para vocês com base, principalmente, nos argumentos defendidos pelos Justiceiros do Novo Milênio (vocês entenderão esse nome mais à frente).
Aqui, irei expor minha opinião sobre um assunto bem polêmico. Se eu conseguir agradar a muitos, ótimo. Senão, discordem à vontade. Discussões educadas são sempre bem vindas. Fiz este post justamente para levantar uma discussão saudável.
Para formatar melhor os meus pontos de vista, separei todos os principais argumentos por tópicos.
1- Justiça
Para começar a combater o Campeonato Brasileiro de pontos corridos, vamos iniciar pelo principal argumento dos seus defensores: a justiça.
12 em cada 10 pessoas que defendem os pontos corridos (os Justiceiros do Novo Milênio) alegam que: “campeonato com pontos corridos é o mais justo pois premia realmente quem foi melhor durante a temporada e quem realmente merece”; “campeonato com playoffs pode favorecer um time que não merece tanto levantar o caneco, logo é injusto”.
Sabe o que eu acho disso? Muito mimimi. Este ano, o Giants foi campeão da NFL mesmo com uma campanha ruim na temporada regular (9 vitórias e 7 derrotas) e ninguém nos Estados Unidos questionou a (in)justiça disso. O time mereceu na reta final. O mesmo aconteceu com o Santos de Robinho e Diego, que ficou apenas em 8º na 1ª fase e foi campeão do Campeonato Brasileiro de 2002. Será que esses dois times não mereciam os títulos?
Além de um bom planejamento e formação de elenco, faz parte de qualquer esporte o poder decisivo na hora do “vamo vê”. Se um time tem mais “poder de chegada” do que o outro, isso não é injusto.
No Tênis – mesmo sendo um esporte individual, o exemplo é valido – todos os grandes torneios são mata-mata. Qual a injustiça de Roger Federer eDjokovic ganharem a grande maioria dos torneios? Eles são os melhores atletas e não pipocam nas finais. Se fossem bons, mas sem poder decisivo, não ganhariam, logo seriam menos merecedores de tantos títulos.
Agora, se os justiceiros do novo milênio estivessem no mundo do Tênis, todos os Grand Slams teriam que ser por pontos corridos. O que seria inviável nesse esporte.
Há alguns anos, uma onda de certinhos vem dominando as discussões de futebol com o único argumento “é mais justo”. Na boa, eu tenho vontade de falar “foda-se se é mais justo. Esse formato é o menos rentável e menos emocionante de todos. Finge que gosta dessa merda aí então, e tenta ser feliz”. Contudo, prefiro tentar convencer com argumentos e não com intransigências. Até porque não acho esse formato 100% justo.
Não consigo entender que tipo de justiça é essa que um time com o quíntuplo do orçamento disputa um campeonato sem nenhum método de equiparação de forças, que possibilite alguma chance ao time com menor poder financeiro.
Não acho que está errado um time receber mais dinheiro do que outro. Se eu fosse dono de uma empresa, pagaria muito mais pela camisa do Corinthians do que pela do Náutico, por ex. Nada mais natural, tendo em vista que o Corinthians aparece várias vezes mais na mídia do que o Náutico. E se eu fosse um dirigente da Globo também pagaria muito mais ao time do Parque São Jorge do que pelo dos Aflitos, pois a torcida – e consequentemente a audiência – do time paulista é muito maior do que a do time pernambucano. Essas são as leis do capitalismo.
Mas eu sou extremamente contra não se ter NENHUMA medida para tentar equilibrar as forças dos times, pois, com um orçamento 20 vezes menor, o Náutico teria que fazer um planejamento 20 vezes melhor do que o do Corinthians para tentar ser campeão.
E qual seria a maneira para tentar equilibrar as forças e dar ao Náutico pelo menos a oportunidade de superar o time paulista? Fazendo uma fase mata-mata. Isso sim seria justo. Pode ser que o Náutico não consiga vencer o Corinthians, mas dá essa possibilidade ao time pernambucano.
Por exemplo, em 2011 o Figueirense fez uma campanha muito boa de acordo com o que era possível dentro do orçamento do clube. O time catarinense realizou um bom planejamento, revelou bons jogadores, jogou bem e terminou em 7º. Será que não é “justo” um time que se preparou tão bem não conseguir nem disputar o título do Brasileirão? Será que a diretoria do Figueira não foi tão competente como a do Corinthians (campeão do ano passado)?
Cadê a justiça nisso?
Estão tentando transformar o Campeonato Brasileiro em um Campeonato Espanhol, mas esquecem-se que moramos em um país de dimensões continentais e 4 vezes mais populoso do que a Espanha. Lá, existem apenas 2 times grandes, e sem esse mimimi de que Atletico de Madrid, La Coruña e Valência são times grandes. Ok, eles podem até não ser tão inexpressivos como Osasuna, Granada e Zaragoza, mas, comparativamente com Real e Barça, são minúsculos. Aqui, no Brasil, temos pelo menos 12 grandes se considerarmos os 4 de São Paulo, 4 do Rio de Janeiro, 2 do Rio Grande do Sul e 2 de Minas Gerais e pelo menos mais 15 times tradicionais, como Bahia, Vitória, Sport, Náutico, Coritiba, Atlético Paranaense, Goiás, etc. Entre outros tantos com significativa representatividade e torcida, como: Remo, Paysandu, Santa Cruz, Ceará, Fortaleza, Villa Nova, Guarani, Ponte Preta, Guarani, etc.
Na minha opinião, INJUSTO é afastar TODAS as possibilidades da maioria dos times citados acima de serem campeões.
Como eu disse anteriormente, o Brasil copiou (erroneamente) o modelo europeu dos campeonatos nacionais. Na minha opinião, isso foi um erro pelos motivos que já apresentei. Deveríamos ter copiado algo semelhante ao praticado na NFL, NBA, NHL, MLB, etc.
Não estou dizendo que precisa seguir exatamente o modelo norte-americano, com conferências, divisões (que são grupos) por regiões, etc. Mas alguma coisa deveria ter sido inspirada nos campeonatos estadunidenses. Isso porque os EUA possuem mais características semelhantes ao Brasil do que a Espanha. Os Estados Unidos possuem um grande número de times tradicionais, como aqui no Brasil. Lá, o país também tem dimensões continentais. Então, por que copiar da Europa? Tínhamos que copiar dos Estados Unidos, que é um modelo muito mais lucrativo e com características semelhantes às brasileiras.
O modelo norte-americano prioriza tanto o equilíbrio das ligas que o time que termina em último em uma temporada, no ano seguinte tem preferência nas contratações dos jogadores calouros. Além disso, há um teto salarial para os times pagarem seus jogadores. Isso daria certo aqui? Obviamente que não. No primeiro exemplo porque os clubes brasileiros possuem categorias de base. No segundo, porque um teto salarial aos jogadores poderia gerar uma debandada dos grandes craques, apesar de conter a euforia amadora das diretorias e a supervalorização dos salários de jogadores. Mas fica claro a vontade dos norte-americanos de fazerem ligar competitivas e equilibradas, ao contrário do Campeonato Brasileiro, que cada vez mais reduz a possibilidade de equilíbrio entre os clubes.
Quando falo essa justificativa para alguns amigos, alguns temem pelo que seus times deixem de ser grandes. Mas se isso não ocorre nem nos EUA, com todos esses artifícios citados, jamais aconteceria aqui. Lá também existem os grandes times, que mesmo com todas as tentativas de equilibrar as forças, continuam existindo e sendo superiores.  OBoston Celtics possui 17 títulos da NBA; o Pittsburgh Steelers 6 da NFL; o Montreal Canediens tem 24 títulos da NHL e os Yankeespossuem 27 títulos da MLB. Obviamente, esses continuarão sendo grandes e sempre com possibilidades reais de títulos.
Mesmo assim, o modelo norte-americano permite que times que nunca foram campeões sejam. Na NFL, o New Orleans Saints foi campeão pela primeira vez em 2010. Na NBA, O Dallas Mavericks foi campeão na temporada 2010-11. Este ano, na NHL, o campeão inédito foi o Los Angeles Kings.
Cá entre nós, qual a chance de um time que nunca foi campeão brasileiro ser pela primeira vez nos próximos anos? Sei lá, o Figueirense ou o Náutico (para manter os exemplos) conseguirem o título inédito. NENHUMA. Não há essa possibilidade. Sendo bem realista, se o Figueirense voltar à Série A, fizer um excelente planejamento, contratar boas peças, poderá terminar em 5º, talvez. Enquanto um time qualquer, que fizer um bom planejamento, mas nada tão excepcional, com o quádruplo do orçamento, será o campeão.
Isso, na minha cabeça, que é injustiça.
A diferença financeira entre os clubes é exorbitante e não permite que um time seja campeão de maneira inédita.
Sejamos francos, o Campeonato Brasileiro só não se tornou (ainda) um campeonato polarizado entre os clubes mais ricos, como na Espanha, pela incompetência de algumas diretorias. Por sorte, o amadorismo de alguns clubes não permite isso.
2 – Brasil é festa:
Mudando de assunto e esquecendo um pouco dos Justiceiros do Novo Milênio, vamos aos fatos: Brasil é um país festeiro. Característica do nosso país e do nosso povo de sangue latino, que tem consequências positivas e negativas, mas que, mal ou bem, são características do nosso povo.
Goste você ou não, não há como lutar contra nosso DNA.
Evitar os playoffs da últimas rodadas é tirar a festa de vários estádios lotados e a alegria do povo; é dar um golpe na cultura nacional.
Imagina uma fase mata-mata entre Grêmio, São Paulo, Fluminense e Atlético. Além de integrar 4 estados nacionais, imagina Olímpico, Morumbi, Engenhão e Independência lotados. Cara, as festas das torcidas seriam lindas. Me arrepio só de pensar. ISSO SIM É BRASIL. Estádios lotados, festa, emoção, tensão e vibração. Brasil não é um time sendo campeão com 3 rodadas de antecedência.
3 – Público:
Algumas pessoas gostam de falar “o brasileiro já aprendeu a gostar do Campeonato Brasileiro de pontos corridos”. Aí eu pergunto: você se baseia essa sua opinião em que? Porque não é o que os números dizem. Nossos estádios estão cada vez mais vazios e audiência na televisão cada vez menor.
Sim, mesmo com a Globo pagando verdadeiras fortunas aos clubes, a audiência está menor bem menor do que era. O preço pago pela emissora reflete o bom momento econômico brasileiro e não o aumento da atração do público pelo campeonato.
Leia o texto de Cosme Rímoli e entenda o que estou dizendo sobre audiência.
Sobre a média de públicos no estádio, o Brasil é apenas o 13º país que leva mais torcedores aos estádios de futebol. Para um país em um excelente momento econômico e que se diz ser o “país do futebol” estar atrás de México, China e EUA soa bastante estranho.
Sim, os chineses levam mais torcedores aos estádios do que nós. E sim, aliga de Soccer dos Estados Unidos já tem uma média de torcedores melhor do que a do Brasileirão.
Eu não vou nem falar que a nossa média de torcedores nos estádios é pífia, pois isso já foi assunto de um outro post. Mas, quando comparamos à média do futebol europeu e de ligas como a NFL, MLB e NBA, dá até vergonha. A média de públicos na liga de Futebol Americano é de quase 67 mil pessoas, mais do que o recorde do São Paulo, que levou o maior número de pessoas no Campeonato Brasileiro.
4 – Arbitragem:
Não vou entrar naquele chororô de que há uma manipulação dos árbitros em prol dos times de São Paulo e Rio de Janeiro. Contudo, é sabido que os times fora do “Eixo” sofrem mais dificuldade com relação a arbitragem.
Não vou discutir a idoneidade dos árbitros (porque isso não vem ao caso agora), mas é até uma coisa natural. No Campeonato Mineiro e no Campeonato Gaúcho, os árbitros, quando têm dúvidas, favorecem os times da capital, pois esses são mais fortes politicamente. Isso também acontece no Campeonato Brasileiro. É óbvio. Negar isso é burrice. Rio de Janeiro e São Paulo são mais fortes politicamente e um erro contra os times desses estados geraria algo mais grave do que o contrário. Ou seja, por questões morais ou não, os árbitros tendem a favorecer times de Rio e SP.
Algumas pessoas me disseram que quando era campeonato de mata-mata os árbitros roubavam muito mais. Mentira. Isso acontecia na década de 70 e 80 porque a discrepância de representatividade política era muito maior. Agora, com o uso da tecnologia e da Comunicação, fica-se evidente erros em finais, semis e quartas. Se um cara rouba descaradamente em um mata-mata, ele pelo menos fica marcado por conta daquele erro. No campeonato de pontos corridos não – salve erros exorbitantes, como do Márcio Rezende de Freitas em 2005 e Sandro Meira Ricci em 2010 – pois os erros são diluídos durante todo o campeonato. Então, um equívoco na 7ª rodada é facilmente esquecido no final, mesmo tendo a mesma importância da última rodada.
Fiz um levantamento e constatei que NUNCA, repito NUNCA, desde o 1º Campeonato Brasileiro (considerando o início em 1971), tivemos um período com tanta ausência de clubes fora de Rio de Janeiro e São Paulo sendo campeões. Veja:
O maior período de ausência de campeões sem serem cariocas e paulista havia sido em 1989 e 1995. Ou seja, 7 anos. 2 a menos do que estamos vendo agora, no período entre 2004 e 2012.
Então, você pode até ser a favor do campeonato de pontos corridos, mas se você não mora no Rio de Janeiro e São Paulo e ainda quer ver seu time sendo campeão brasileiro, um interesse está divergindo do outro.
5 – “Já existe a Copa do Brasil, não precisa mais um campeonato com mata-mata”
A Copa do Brasil é sim um campeonato mata-mata. Mas uma coisa não exclui a outra.
Em um Campeonato Brasileiro com playoff ele conseguiria ser altamente rentável para todos os clubes. A Copa do Brasil tem uma função política (integrar os clubes e os estados brasileiros) e social (dar chance a times minúsculos e jogadores desconhecidos de aparecerem para o mundo) importantes. Mas não capacidade para se tornar uma grande liga e se tornar financeiramente rentável para a maioria dos clubes, pois se perde um confronto já está fora. Somente os primeiros colocados que lucram.
6 – Financeiro
O Campeonato Brasileiro já se tornou um dos mais rentáveis do mundo. Somente a Globo teve que desembolsar R$ 1,044 bilhão para poder ter o direito de transmiti-lo. Apenas o Flamengo, ano passado, recebeu 94 milhões de reais dessa quantia.
É muito dinheiro? Com certeza. Mas não se engane, se o Campeonato Brasileiro se tornar uma grande liga tem capacidade para muito mais. Com mata-mata, os jogos da primeira, e até da segunda fase (caso haja), ganham mais importância, gerando mais interesse do público nos estádios e na televisão. Quando chegar na fase de playoffs, então, o país para ver. Nos Estados Unidos, os intervalos do Superbowl (final do campeonato de futebol americano) possuem os segundos mais caros DO MUNDO. Ganha de Copa do Mundo, Olimpíadas e qualquer evento grandioso.
Será que uma final entre grandes clubes do país não iria acontecer algo semelhante? Todos lucrariam: emissora, CBF e os clubes.
7 – Emoção
Fala a verdade aí: você, amante do futebol, mesmo que defenda os pontos corridos, achou alguma graça desse final de Campeonato Brasileiro? Faltando 3 rodadas para o fim do campeonato, praticamente tudo já estava definido. Campeão, classificados para a Libertadores e rebaixados. Isso falando de matematicamente definidos, pois há mais rodadas já era evidente que o Fluminense seria o campeão, os classificados para a Libertadores e a grande parte dos times que iriam para a Série B.
Aí você me diz: “Esse ano foi exceção”. Ok, pode ter sido. Mas temo que o que aconteceu em 2012 se repita nos próximos anos, deixando, assim, de ser exceção. Com o tempo, os treinadores, jogadores e os grandes times irão aprender a disputar esse campeonato de pontos corridos, como o Fluminense aprendeu, e aí o que aconteceu em 2009 que será considerado raro.
Conclusão
Obviamente, não sou o dono da verdade. Tenho uma opinião e acredito nela. Tentei defender uma questão complicada e polêmica.
Durante muito tempo os brasileiros acreditaram que seguir o modelo europeu seria uma evolução natural da organização do nosso futebol. Não acredito nisso. Temos capacidade para mais.
Aqui, tentei sempre mostrar uma realidade diferente que as pessoas não costumam comparar: os modelos das grandes ligas dos Estados Unidos.
Os times norte-americanos conseguem se sustentar durante o ano inteiro, disputando apenas essas ligas e em um intervalo de aproximadamente 5 meses de competições. Aqui, no Brasil, isso não é possível. Os clubes precisam disputar estaduais, Copa do Brasil ou Libertadores, Sulamericana e Campeonato Brasileiro para sobreviverem. Tudo bem, isso nunca vai acabar. Não quero ser tão radical por enquanto. Mas imagina se conseguíssemos criar uma liga tão forte, capaz de sustentar os nossos clubes. O que viesse além disso seria lucro. Poderíamos trazer os principais craques do mundo. Não estou dizendo que só pelo fato de criar um campeonato mata-mata poderíamos trazer Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Estou dizendo que o mercado brasileiro é capaz de muito mais do que feito em países como a Espanha. Cabe aos clubes se profissionalizarem, internacionalizarem-se e à CBF se organizar. O momento está propício ao nosso país e é hora de pensar grande.

novembro 19, 2012

Pontos Morridos

Em "homenagem" ao rebaixamento do Palmeiras, publico esse texto genial do @realmorte. Dica do amigo @jhontedeschi, via #FB.
wpid-matando-2010-11-13-00-293.jpg

O campeonato brasileiro, tal como está hoje, é um cadáver insepulto. E se tem uma coisa que eu odeio é serviço largado na mesa. Nunca o futebol apresentado em um campeonato foi tão ruim, com exceção, talvez, dos três que o São Paulo ganhou seguidamente, e o último que o Flamengo ganhou por W.O. coletivo dos outros 19 times.

Por isto gostaria de aproveitar este blog para fazer uma proposta muito séria à CBF. Como sei que os dirigentes do futebol brasileiro tem pavor de mata-matas (até então o meu preferido, ÓBVIO) eu sugiro uma terceira alternativa ao campeonato de pontos corridos. Proponho um campeonato de pontos MORRIDOS, ou, mais popularmente, o Morre-Morre.

Seria uma disputa onde, em vez de perder ou ganhar pontos, os times perderiam JOGADORES conforme a sua escolha. O sistema funcionaria simplesmente matando alguns titulares e reservas dos times derrotados e mantendo todos os dos vencedores. Em vez de pontos, jogadores. Funcionaria assim: - Em caso de uma vitória simples, o time todo sobrevive. - Em caso de derrota, três jogadores morrem. - Em caso de empate, cada time perde um jogador. Simples e prático, não? O número de rodadas seria indefinido e o time que mais vencesse (ou sobrevivesse, o que dá no mesmo) seria o campeão. Este sistema é similar ao que Roma utilizou na época dos gladiadores e sempre deu certo, posso garantir. Pelo menos nunca vi nenhum cidadão romano queimando bandeira ou pedindo cabeça de imperador depois de uma apresentação no Coliseu.

As vantagens de uma mudança como essa seriam inúmeras, mas posso destacar algumas:
A VOLTA DO FUTEBOL ARTE - Os jogadores pernas-de-pau seriam eliminados logo de cara nas primeiras rodadas e a qualidade média de todos os plantéis subiria em semanas, porque só os craques sobreviveriam.
CAMPEONATOS MAIS CURTOS – O sistema encurtaria o número de rodadas, já que se durar mais de dez periga todos os grande clubes virarem times de futebol de salão.
REBAIXAMENTO DESCOMPLICADO – Não haveria clubes rebaixados. Afinal os quatro times que mais sofressem derrotas já estariam embaixo da terra antes do final do campeonato. A zona da degola finalmente faria jus ao nome e todos os clubes pensariam duas vezes antes de voltar à primeira divisão pra outro fiasco.
TORCIDAS SATISFEITAS – Sabe quando um torcedor tem vontade de matar um jogador que faz corpo mole em campo? Este seria um sonho realizado. É o sistema perfeito para os clubes agradarem seus torcedores de verdade. Afinal, melhor do que colocar alguns pernas-de-pau na geladeira é colocá-los num necrotério de vez.
EMOÇÃO GARANTIDA – O melhor de tudo, claro. Certamente os jogadores entrariam com mais garra no campo e se matariam mais pelos seus times. E não só no sentido figurado, ele se matariam DE FATO. Eu me proponho a transferir o passe de cada jogador para o além. Poderia fechar um contrato com cada clube, pois tenho uma empresa esportiva registrada, a SOUL TRAFFIC, forneço nota e tudo. Se a Federação topasse, na parte que me toca, eu estaria disposto a fazer esse esforço. Tudo pelo bem do esporte brasileiro.


A Morte acha o ônibus dos jogadores tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube.

novembro 06, 2012

EmBarcados

Nessa onda de meter gol com a mão e comemorar, de juiz alagoano apitando série A (que não tem times alagoanos), de o Fluminense sendo beneficiado rodada após rodada (ainda que ao acaso), voltam a tona as teorias da conspiração sobre um "favorecimento" da CBD, digo CBF, aos "times do eixo". Não quero acreditar que exista, mas eles tem um histórico comprometedor. Está aí o rebaixamento absurdo do Gama em 99 (que salvou o Fla, e criou a ridícula Copa João Havelange 2000, trazendo da série C pra A, o Flu) que não me deixa mentir.

É verdade, amigos. A última vez que um time fora do eixo RJ-SP venceu o campeonato da CBF, foi o Cruzeiro, em 2003 (quase dez anos). Mais ou menos a mesma idade do formato de pontos corridos. E nesses mesmos dez anos de campeonato, já tivemos inúmeras polêmicas. É anulação de jogo por corrupção da arbitragem, é time entregando jogo pra prejudicar rival (ou pagar contas), e agora isso... gente tentando anular jogo por que o juiz ACERTOU!

Enfim, vamos ao fato: É uma vergonha que tenha havido interferência externa ao anularem o gol do Barcos. É uma vergonha maior ainda pedirem a impugnação do jogo por causa disso. Sou gremista, mas acho que o Internacional venceu o jogo de forma limpa, e não pode ser prejudicado de maneira nenhuma. Impugnar o jogo seria beneficiar o infrator, e não se pode corrigir um erro cometendo outro. O que o STJD deveria fazer, é investigar o ocorrido, punir os cinco árbitros do jogo (principalmente o péssimo Francisco Carlos Nascimento), o quarto árbitro Jean Pierre Lima, e o delegado do jogo, que fizeram toda essa palhaçada acontecer.

A questão não é o gol ter sido com a mão. Aliás, é um lance mais comum do que se imagina. Mas sim a anulação não ter partido das autoridades competentes. E é um absurdo. A impugnação do jogo prejudicaria o Internacional, que é o único que não teve culpa alguma na confusão. Não acredito que irá acontecer, não há provas suficientes de que houve interferência externa - apesar de todos sabermos que houve.

Bom. A verdade é que estamos - com o perdão do trocadilho - embarcados numa onda que só vai levar o futebol brasileiro ao fim. O amigo Lucas Oliveira (@LFaiska), levantou a questão de que o futebol atual é corrupto: "Cada vez mais nojo eu tenho do tal futebol. É por isso que acompanho muito mais as artes marciais do que esse esporte corrupto."

Discordei, a princípio. Mas já estou pensando em dar o braço a torcer. Isso gerou uma discussão interessante, que relatarei nas próximas linhas. Argumentei que o futebol não era corrupto, mas sim o futebol brasileiro. Logicamente, não citei os casos de apostas no Italiano, pois lá quem é corrupto é pego, é punido. Ganhei apoio. Outro amigo disse que: "O esporte nunca é corrupto e sim quem o pratica. Independente da modalidade."

Mas chegamos aí a um denominador comum. O Futebol Brasileiro. Ele é sim corrupto, e da pior forma. O câncer do futebol brasileiro não parte de jogadores, dirigentes de clubes e apostadores, como na Itália. Mas sim, de quem apita os jogos, de quem julga os processos e de quem administra e organiza a competição.

Aí o Lucas veio com praticamente uma carta-aberta que eu tive que concordar. E vou transcrevê-la aqui:




"Eu estava me referindo ao futebol brasileiro mesmo. Eu cresci acompanhando o futebol por dois motivos, Grêmio e Seleção Brasileira. Hoje ambos estão cada vez mais distantes dos conceitos morais e do caráter que eu acabei obtendo com o passar dos anos, vejamos porque. 


A Seleção não preciso explicar o porque, é o lobby dos empresários, é os jogadores mais chinelinhos, é os boy players, é todo um grande movimento de pão e circo instalado na nossa seleção, que hoje eu sentiria vergonha de discutir futebol com um europeu (em tempos anteriores o fiz e batia no peito defendendo minha seleção). 

E o Grêmio, ahhh o Grêmio, minha maior decepção na vida é o Grêmio. Não o time, a instituição, as cores, o manto a história e sim as pessoas, as pessoas envolvidas com o time. 

Deixe-me contar uma historinha: Meu avô tem 73 anos, é colorado e atuou pelo Internacional (um ou dois jogos e se machucou) da década de 50. Sabe o que ele disse pra mim uma vez? Disse que os jovens não sabem mais torcer, disse que ele fica triste em ver gremistas cantando: "Hey Inter vai toma no Cu" e Colorados cantando: "Hey Grêmio vai toma no Cu". Na época dele, ele afirma que o que se cantava na Baixada e nos Eucaliptos era: "Hey Carioca, Paulista, Nordestino vai tomar o CU". 

Meu avô tendo sido lateral direito do Internacional, é fã do Pavilhão. Eu já tentei chamar essa discussão no face e sabe a resposta dos entendidos? Ora é rivalidade, prefiro um revólver na cara do que torcer pra macaco/gazela. Enfim, só a título de curiosidade esse mesmo meu avô levou os irmãos GREMISTAS pra olhar Inter e Nacional em 1980. 

Aonde quero chegar é que .... meu avô viveu essa época toda do futebol que eu citei acima, meu pai viu Renato ganhar o mundo, viu Koff descer do avião com a taça do mundial, ouviu o narrador gritar a célebre frase: "BALTAZAR MARIA DE MORAES JUNIOR O CENTRO AVAAAAAAAAANTE DE DEEEEEEEUS" em 1981. 

E eu?? Eu vi o Bi da Libertadores do Grêmio e do Inter, eu vi duas Copas do Brasil e um Brasileiro do meu time. Mas sabe também o que eu vi? Vi Renato ser expulso do Grêmio, vi Falcão ser expulso do Internacional, vi o autor do gol do Mundial contra o Barça ser mandado embora e nem sequer chamado nas comemorações do título, vi Koff sendo agredido com palavras, cusparadas e pontapés.

Eu vi o futebol morrer por causa de dinheiro e poder. 

Eu sei que o Lauro Beiersdorf vai ler."

E li. Li e assinei abaixo. Se temos uma coisa suja no nosso país é a política. Não interessam os meios se justificarem os fins. E no Grêmio, acabamos instalando alguns desses manés. O principal deles, é o presidente que nos deixa ao final de dezembro. Não nego que ele tenha tido seus méritos, mas Odone ferrou com muita coisa que considerávamos tradicionais. O manto, o Renato, o Olímpico. Comprou alguns membros da Geral (manobra política, dando privilégios a torcida organizada, e criando sua militância), chegou a criar mentiras sobre sua eleição em 2005, afirmando que Koff abandonou o Grêmio em favor do Clube dos 13. (Odone venceu nas urnas o candidato de Koff: Adalberto Preis)
Acho que ele conseguiu fazer boas coisas pelo Grêmio (como a Arena, esse monstro que o Grêmio tá erguendo em Porto Alegre), mas jogou tudo no ralo por suas fanfarronices e politicagens.

Mas deixando de lado a parte clubística, acredito que nos tempos do avô do Lucas, o futebol era tratado com mais respeito. Jamais chegaremos a esse nível novamente, mas penso que se colocarmos as pessoas certas nos cargos certos - torcedores (e não políticos) no comando dos clubes, e pessoas dignas no comando da federação (tal qual ocorreu na AFA, onde o governo tomou conta) - poderemos voltar a ter um campeonato decente.

É preciso acontecer uma revolução no futebol brasileiro. Tal qual ocorreu no basquete, onde o ídolo Oscar Schmidt, buscou parceiros e gente a favor do esporte, e fundaram o NBB, que ressuscitou das cinzas o basquete nacional, e o levou de volta aos Jogos Olímpicos (16 anos depois da última participação).

Lucas: "Na década de 80 torcedores da Juventus e do Liverpool se mataram num jogo, hoje conseguiram colocar na marra um respeito entre os torcedores europeus. Acho que com fiscalização e leis rigorosas aqui poderia voltar a ser no tempo do meu avô, nem que por dentro os caras quisessem se matar, mas se limitaria a isso, basta uma lei forte e que SIM cause medo em quem tá ae pra sacanear os outros (seja torcedor ou dirigente)."

Infelizmente, não temos uma lei forte nem para políticos corruptos condenados, nem para assassinos, estupradores, etc. Como teremos uma lei forte pra conscientizar os hooligans?

Lucas: "Infelizmente. Eu amo o Brasil, mas é essa nossa situação."

É, Lucas. Estamos EMBARCADOS num mar de lama muito maior do que imaginamos. Mas parte de nós, TORCEDORES, fazermos alguma coisa para mudar a situação. não dá pra ficar eternamente só reclamando da CBF.

fevereiro 29, 2012

#finalcancheira

Hoje a noite, estarei participando do LiveBlogging dos parceiros do blog Vida Cancheira, comentando a final da Taça Piratini. Bom, o Jhon (@jhontedeschi) explica melhor como funciona:
"O esqueminha nada discreto ali abaixo vai ser o nosso instrumento de transmissão da final da Taça Piratini, entre Novo Hamburgo e Caxias. Estão todos convidados para comentar e participar deste momento inédito (e histórico) do Vida Cancheira. As 21h30 a transmissão será aberta, com possibilidades de comentários no CoverItLive, e tweetadas com a hashtag #finalcancheira."

Hoje levanto a banderia do Anilado

Lembro bem daquele 23 de fevereiro de 2005. Na querida Novo Hamburgo, terra da decisão de hoje, eu com modestos 14 anos de idade tive minha primeira experiência com um jogo de Gauchão, no interior. E, surpreendentemente, não foi um jogo do Grêmio.

O ano não era muito feliz para a nação tricolor, e eu, que passava uma semana na casa da minha irmã e do meu cunhado (colorado), não estava muito para conversas sobre futebol. O trauma ainda era recente.

Eis que este meu cunhado, o colorado, convida a mim e ao meu outro cunhado (da outra irmã, claro kkk), um gremista, para irmos ao jogo entre Nóia x Inter, no Santa Rosa. Jogo de fase de Gauchão, sem grande valor para o grande, mas financeiramente rentável para o pequeno. Ou nem tanto. Lembro que paguei só 10 contos para a arquibancada do Santa. Hoje por esse valor não entra nem nos jogos do Guarany-CAM, na segundona.

Enfim, voltamos ao conto: fomos entre dois gremistas e mais três colorados (o colorado chamou reforço) rumo ao Santa Rosa. Chegando lá, percebemos que estavamos todos na torcida do Inter. Gremistas se ferraram? Provavelmente.

Nóia ganhou a Emídio Perondi naquele ano

Só que daí as equipes entraram em campo e o jogo era uma merda. O Inter recém tinha trazido o Tinga, com sua vasta cabeleira, mas o Muricy se atrapalhava com um 3-5-2 perdidaço. O que se via era um Nóia valente e o Negro Adão apavorando.

Os gremistas na bancada colorada lá quietos, tentando não rir da patética atuação vermelha.

Os colorados nervosos, roendo a ponta do osso do dedo, por que unha não tinha mais.

Fim da primeira etapa, e a galera vai dar aquela mijada tranquila. Beleza. Só que a volta não foi tão tranquila assim. A 3 minutos do segundo tempo, o glorioso Cléverson mete na caixa do Clemer. Nóia 1x0.

Os gremistas sofrem para não rir. Guardam as piadas pra o outro dia. E ainda xingam o Sangaletti, só pra entrar no clima.

Passa um certo tempo, e aparece um típico torcedor colorado de Novo Hamburgo na bancada. Róseo e gorducho, de aproximadamente 18 anos, com seu pai, também esférico. A coisa estava tranquila até que o fulano começou a xingar o Jorge Wágner.

- "Passa a bola, ô Gérmen de Trigo! "

Gérmen de trigo? Que porra é essa? Aí não deu pra não rir.

Até os colorados riram. E o pai do moleque se recolheu de vergonha e foi comprar uma ceva (na época podia).

Só que daí o pé frio do pai do "gordo rosa germen de trigo" não viu o gol de empate do Inter. Rafael Sóbis bateu, a bola bateu nas costas do Fernandão e matou o goleiro Luciano. 1x1. Fingimos comemorar o gol, não queríamos apanhar (risos).

E com o NH cansado, o Inter foi pra cima. Quase virou várias vezes. Muricy botou o Rodrigo Paulista no lugar do Sangaletti, e jogou pra longe o 3-5-2.

Até o juizão soprou o apito, apontou pra marca da cal e selou o destino do Nóia: pênalti pro Inter.

Sóbis na bola, bica no meio do gol e... LUCIANO!!! espetacular um goleiro de 1,70m parou o PK do Sóbis!!! PQP! E nós lá comemorando por dentro, mas xingando o Sóbis por fora.

Meu cunhado colorado já estava indignado. O Inter não conseguia fazer o gol. E o Nóia fechadinho.
Lembra que o Muricy tirou o Sangaletti? Pois é, pagou pela faceirice, como diria o @JuarezRoth.

45 do segundo tempo, a gente já estava saindo do Santa Rosa. Zaga anilada dá um bico pra frente, o Sandro Gaúcho - o mesmo que foi campeão da Copa do Brasil com o Santo André - arrancou numa velocidade impressionante pro ataque, e deixou o glorioso Preto marcar. Nóia 2x1.

Foi mais uma noite anilada no Santa Rosa. Uma noite que me garantiu uma simpatia pelo ECNH.
Hoje a noite, não tem mais Santa Rosa, não tem mais Sangaletti, nem Sandro Gaúcho, nem Gérmen de trigo. Hoje é o dia do clube com mais participações em campeonatos gaúchos - tirando a dupla grenal - se encontrar com sua história. Já que o Grêmio ficou pelo caminho, hoje levanto a banderia do anilado. VAMO NÓIAAA!!!


Vamos torcer pelo Nóia hoje heinhôô Débora de Oliveira?

Ficha do jogo
Novo Hamburgo 2 X 1 Internacional - 23/02/2005
Local: Estádio Santa Rosa, Novo Hamburgo; Arbitragem: Paulo Felippe; Renda: ; Público: ; Gols: Cléverson (NH), aos 3min do segundo tempo, Rafael Sobis (I), aos 34min do segundo tempo, Preto (NH), aos 45min do segundo tempo. ; Cartões: Luís Henrique, Neuri, Adão, Luciano, Sandro Blum e Preto (NH), Tinga (I).

Novo Hamburgo: Luciano; Tiago, Sandro Blum, Rosalvo e Luís Henrique; Neuri, Pedro Ayub, Preto e Luís Gustavo (Sandro Gaúcho); Cléverson (Polaco) e Adão (Naldinho). Técnico: Gilmar Iser.
Internacional: Clemer; Índio, Sangaletti (Rodrigo Paulista) e Wilson; Granja, Recife, Tinga, Fernandão e Jorge Wagner; Diego e Rafael Sobis. Técnico: Muricy Ramalho.

Não passamos no teste da Bósnia

Como o pessoal disse no twitter: "Ganhamos da Bósnia com um golo de mérdia..."

Pelo menos a porra da dancinha eles acertam

O pior de acompanhar esses jogos da seleção do Mano Menezes não está nem entre os nomes que são chamados para defendê-la. Uma equipe que não tem um padrão tático, embora tenha potencial, não chegará a lugar algum. E é ridículo que o Brasil, com o potencial que tem, esteja passando por esse momento.

Não duvido que o Brasil possa ser campeão em 2014, pois os alertas para fantasmas de Maracanazo estão ligados. Mas pra isso alguém terá que assumir a bronca e implantar um esquema de jogo, não importa quem sejam os jogadores´- assim como fez Felipão em 2002, que foi pentacampeão com Polga, Kléberson e Luizão. Mano não me parece mais capacitado para a função. É teimoso, e segue querendo implantar sua filosofia faceira e corintiana de jogo, que conta com três volantes discutíveis no meio e um ataque ridiculamente escalado pela imprensa.


Foi constrangedora a melhora com a entrada do ainda inconstante Ganso no lugar do R10 - mesmo que ainda na base do bumba-meu-boi, sem muita noção tática. Constrangedora também é a falta de conhecimento de nosso treinador sobre os jogadores que convoca. Escalar Hulk como centroavante é uma palhaçada. Mano nunca viu um jogo do Porto? Parece que Mano mexe errado pra consertar uma bagunça que ele mesmo nem sabe como fez.

E colocar o Jonas, ou qualquer outro, independentemente da qualidade do jogador, faltando SEGUNDOS para acabar o jogo, é um desrespeito monstruoso com o profissional.

Bom, disso eles são mestres. Desrespeito. Convocar R10 é um desrespeito com os gringos que pagam a CBF pra receber um jogo da seleção. E, hoje em dia, o futebol apresentado é um desrespeito com os espectadores.

Nem a Globo sabe como joga o Brasil (kkk)


Enfim, enquanto Mano seguir acatando as ordens de Ricaço Teixeira, como uma cadela velha e cega, o futuro da amarelinha é nebuloso.
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